De acordo a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados
Unidos, Bernardette Meehan, os dois líderes terão falado durante 15 a 20
minutos.
Os encontros bilaterais à margem da reunião que decorre em Pequim surgem
num momento em que os Estados Unidos ameaçam a Rússia com mais sanções
por Moscovo reconhecer as eleições separatistas na Ucrânia, há menos de
duas semanas.
© RIA Novosti
O encontro entre
Obama e Putin foi também confirmado pelo porta-voz do chefe do Kremlin,
Dmitri Peskov, que disse que as pausas na cimeira «foram aproveitadas
para falar brevemente com o Presidente Obama, e abordaram os temas das
relações bilaterais, da Síria, da Ucrânia e do Irão».
As conversas entre os dois líderes surgem no dia seguinte aos EUA
terem subido o tom das ameaças a Moscovo, avisando a Rússia que se
continuar empenhada em "desestabilizar" o leste da Ucrânia e a armar os
separatistas pró-russos «vão haver mais consequências» para os
dirigentes de Moscovo.
«Se Moscovo continuar a ignorar os compromissos que assumiu em
Minsk e a desestabilizar com estas perigosas ações, os custos para a
Rússia aumentarão», disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen
Psaki, na conferência de imprensa diária, na segunda-feira, referindo-se
ao agravamento da tensão no leste ucraniano, depois das eleições no dia
02 nas regiões de Donetsk e Lugansk.
A porta-voz condenou «o aumento da militarização da região de
Donbass pela Federação Russa, com o fornecimento de tanques e outro
material pesado para os separatistas», aludindo a informações da Missão
Especial de Acompanhamento da Organização para a Segurança e Cooperação
na Europa (OSCE).
«Os monitores da OSCE informaram o movimento de grandes colunas
militares de armas pesadas fornecidas pela Rússia e carros de combate
para a primeira linha do conflito nos últimos dias, e a intensificação
dos bombardeamentos em torno do aeroporto de Donetsk e de Debáltsevo»,
acrescentou.
Psaki, que acusou os separatistas de terem decidido romper as linhas
territoriais estabelecidas nos Acordos de Minsk há dois meses, insistiu
que «não há desculpas para estas contínuas e flagrantes violações» do
cessar-fogo.
«Se a Rússia estiver verdadeiramente comprometida com Minsk e a paz
na Ucrânia deixará de alimentar o fogo com mais armas e apoio aos
separatistas e usar o seu poder para deter as violações do cessar-fogo,
libertar os reféns e respeitar a fronteira», acrescentou.
Entretanto, Moscovo já negou rotundamente que tenha alguma presença
militar nas zonas do leste ucraniano onde há combates e apelou ao
respeito do cessar-fogo.
As forças leais a Kiev e os milicianos separatistas recomeçaram os
combates na quinta-feira, designadamente em torno da cidade de Donetsk,
que é o principal bastião rebelde, apesar do cessar-fogo determinado
para o leste ucraniano em 05 de setembro.
Várias fontes apontam para a existência de 400 mortos, milicianos
pró-russos, soldados e civis incluídos, nas regiões de Donetsk e Lugansk
desde o acordo de cessar-fogo.
Os combates intensificaram-se depois da realização de eleições, no
domingo, em ambas regiões secessionistas e que, segundo Kiev, minaram os
esforços para estabelecer a paz no leste da Ucrânia.
Fonte: http://www.msn.com/pt-pt/noticias/other/obama-e-putin-conversam-sobre-ucr%C3%A2nia-s%C3%ADria-e-ir%C3%A3o-em-pequim/ar-AA7A3hv?ocid=mailsignout
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