O Natal está à porta. Uma doença grave prende Cecilie à cama e impede-a de desfrutar, por antecipação, os seus esquis que aguardam a sua convalescença debaixo da árvore de Natal. Entretanto começa a receber a visita de um novo e estranho amigo que mais ninguém vê. Um amigo que é a sua imagem ao espelho, durante o período em que frequentava as sessões de quimioterapia.
Da solidão do seu quarto, Cecilie tenta seguir, valendo-se da audição, os preparativos para a festa de Natal, no andar inferior.
Gradualmente, apercebe-se de algumas ligeiras mudanças na rotina e o estado emocional dos seus familiares que tentam passar o máximo tempo possível na sua companhia.
Cecillie está contudo cada vez mais ligada ao seu amigo imaterial e cada vez mais curiosa em relação ao mundo do lado de lá do espelho.
Os seus apontamentos, reflexões resultantes dos diálogos com Ariel, o anjo da dor, ou com os seus familiares vão se acumulando....
A magia, a beleza melancólica dos contos de Andersen estão presentes nesta magnífica obra literária, cheia de candura e melancolia que, levada pelas asas da imaginação de Cecilie, nos leva a viajar pela belíssima paisagem do Inverno norueguês, gelada, como a vida da adolescente após as idílicas férias com a família na soalheira ilha de Creta...
Os diálogos de Cecilie e Ariel são dotados de elevado dinamismo, caracterizados por frases curtas que estimulam a reflexão e estimulam o pensamento dialéctico.
O editor afirma que a época em que decorre este lindíssimo conto com cheiro a Natal "propicia o encontro entre o eterno e o temporal..." e que o diálogo em que Cecilie é conduzida por Ariel transporta-nos "numa teodisseia que, à luz da maiêutica socrática", indaga sobre os mistérios da existência, da criação da vida antes do nascimento e depois da morte.
De facto, Cecilie e Ariel conseguem, a dada altura, resolver a principal questão debatida por Sócrates em "Fédon": a vida depois da morte.
Cecílie abandona a borboleta oferecida num gesto de amizade, borboleta que é o símbolo das alegrias terrenas e da efemeridade, voa com Ariel pelas alturas e distancia-se cada vez mais da realidade, permanece no mundo do lado de lá do espelho, legando à família os seus apontamentos.
Um livro sublime, cujo argumento de que “vemos tudo através de um espelho”, faz lembrar a teoria das formas de Platão.
De alto teor emotivo, destinado a todas as idades, é um livro essencialmente metafórico, cuja polissemia faz com que seja equiparado a "O Principezinho" de Antoine Saint-Exupery.
Da solidão do seu quarto, Cecilie tenta seguir, valendo-se da audição, os preparativos para a festa de Natal, no andar inferior.
Gradualmente, apercebe-se de algumas ligeiras mudanças na rotina e o estado emocional dos seus familiares que tentam passar o máximo tempo possível na sua companhia.
Cecillie está contudo cada vez mais ligada ao seu amigo imaterial e cada vez mais curiosa em relação ao mundo do lado de lá do espelho.
Os seus apontamentos, reflexões resultantes dos diálogos com Ariel, o anjo da dor, ou com os seus familiares vão se acumulando....
A magia, a beleza melancólica dos contos de Andersen estão presentes nesta magnífica obra literária, cheia de candura e melancolia que, levada pelas asas da imaginação de Cecilie, nos leva a viajar pela belíssima paisagem do Inverno norueguês, gelada, como a vida da adolescente após as idílicas férias com a família na soalheira ilha de Creta...
Os diálogos de Cecilie e Ariel são dotados de elevado dinamismo, caracterizados por frases curtas que estimulam a reflexão e estimulam o pensamento dialéctico.
O editor afirma que a época em que decorre este lindíssimo conto com cheiro a Natal "propicia o encontro entre o eterno e o temporal..." e que o diálogo em que Cecilie é conduzida por Ariel transporta-nos "numa teodisseia que, à luz da maiêutica socrática", indaga sobre os mistérios da existência, da criação da vida antes do nascimento e depois da morte.
De facto, Cecilie e Ariel conseguem, a dada altura, resolver a principal questão debatida por Sócrates em "Fédon": a vida depois da morte.
Cecílie abandona a borboleta oferecida num gesto de amizade, borboleta que é o símbolo das alegrias terrenas e da efemeridade, voa com Ariel pelas alturas e distancia-se cada vez mais da realidade, permanece no mundo do lado de lá do espelho, legando à família os seus apontamentos.
Um livro sublime, cujo argumento de que “vemos tudo através de um espelho”, faz lembrar a teoria das formas de Platão.
De alto teor emotivo, destinado a todas as idades, é um livro essencialmente metafórico, cuja polissemia faz com que seja equiparado a "O Principezinho" de Antoine Saint-Exupery.
O Enigma e o Espelho
Jostein Gaarder
Edição/reimpressão: 1999
Páginas: 136
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722321709
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