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segunda-feira, 30 de junho de 2014

"Um Dios prohibido" melhor filme do Catholic Film Festival

"The letters" venceu o Peixe de Prata de Melhor Atriz e Melhor Diretor. Cardeal Ravasi: "Graças a Mirabile Dictu, Liana Marabini a relação entre cinema e religião  torna-se  mais explícita."

 
Abrem-se as cortinas da quinta edição do Catholic Film Festival – Mirabile Dictu. No monumental complexo de Santo Spirito in Sassia, em Roma, foram apresentados na quinta-feira à noite os vencedores do evento, criado pela cineasta Liana Marabini para dar espaço aos produtores e diretores de filmes, documentários, séries de TV, curta-metragem e filmes que promovem valores morais universais e modelos positivos.
 
 
O Cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Dicastério do Vaticano que, desde o nascimento do prémio em 2010, lhe concedeu o apoio,  disse no seu discurso que "este ano marca o 150 º do nascimento de um dos irmãos Lumière. Desde então, começou uma aventura, cuja data mais conhecida, 1895, marca a primeira vez que apareceram numa folha imagens em movimento.
 
 
No ano seguinte, entrou no Vaticano um grupo para retratar o Papa Leão XIII, que passeava nos jardins do Vaticano. Em 1897, foram enviados técnicos para registar o mesmo Papa dando a benção. Este foi o início da ligação entre a Igreja e o cinema. Desde então, milhões e milhões de quilómetros de celulose transmitiram as mais diversas imagens. "A ligação com a religião sempre existiu - continua Ravasi - implicitamente, por meio de grandes diretores, com os seus filmes simbólicos que, embora não necessariamente ligados à fé, foram testemunhas de grandes valores e interessados ​​em temas religiosos, como Bresson, Tarkovski, Dreyer, Bergman, e até mesmo aqueles que estavam afastados, como Buñuel. Um vínculo que Liana Marabini quis tornar mais explícito, e é por esta razão que nós lhe agradecemos".
 
Apresentamos os vencedores dos prémios Peixe de Prata 2014, inspirados pelo primeiro símbolo cristão, decretados por um júri internacional presidido este ano pelo produtor austríaco Norbert Blecha e apresentado por Armando Torno, jornalista do Il Corriere della Sera.
 
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Melhor curta-metragem:
 
 
Cercavo qualcos´altro (Eu procurava outra coisa), Alessio Rupalti, Itália. Um casal há anos que respeita o mistério de uma caixa que guarda segredos. A abertura do objeto leva os dois protagonistas a se descobrirem e a descobrir verdades e mentiras.
 
 
Melhor Documentário:
 
 
Voyage au coeur du Vaticano (Stéphane Ghez, França). Uma viagem extraordinária ao Vaticano por meio de imagens de alta qualidade, que permitem alcançar cantos e detalhes de outra forma invisível ao olhar humano. Uma viagem fascinante de descoberta, da Basílica de São Pedro à Capela Sistina, da Biblioteca do Vaticano ao Palácio Apostólico.
 
Melhor filme:
 
 
 
Un Dios prohibido (Um Deus proibido), Pablo Moreno, Espanha. O filme retrata o martírio de 51 religiosos claretianos no início da Guerra Civil Espanhola (1936), mortos apenas porque se recusaram a negar a Deus e à sua vestimenta sacerdotal.
 
 
Melhor Atriz:
 
 
Juliet Stevenson (Madre Teresa em The Letters, EUA). O filme conta a história de Madre Teresa de Calcutá e o nascimento da ordem religiosa por ela fundada. As dúvidas, os conflitos, a sensação de não mais ouvir Deus no seu interior, tudo é apresentado numa série de cartas enviadas ao diretor espiritual, que as lê mais tarde a um sacerdote nomeado pelo Vaticano para completar o dossier de beatificação.
 
 
Melhor Diretor:
 
 
William Riead (The letters, EUA).
 
Prémio Especial do Capax Dei Foundation dedicado ao filme que teve maior impacto como meio de evangelização.
Este ano, foram concedidos dois prémios:
 
 
Catholicisme (Padre Robert Barron, EUA). Série de documentários que aprofundam a história do catolicismo e dos grandes santos. O Pe. Barron é um sacerdote americano muito conhecido. A sua editora "Word on Fire" publica livros e documentários com objetivo evangelizador, uma ação que também se manifesta no seu papel como pregador. É também reitor do Seminário Mundelein em Chicago, conhecido pelo alto nível de educação dos futuros sacerdotes.
 
 
L´Apôtre (Cheyenne-Marie Carron, França). Akim, um jovem muçulmano que se está a preparar para se tornar imã, aproxima-se casualmente da fé em Cristo. A sua vida e a sua identidade são colocadas em discussão e quando informa a sua família que se deseja  tornar cristão, tudo se vira de cabeça para baixo. A diretora e roteirista do filme, Cheyenne-Marie Carron  converteu-se ao cristianismo e foi batizada este ano, na Páscoa.
 
Prémio “Friends of the Festival" - filme mais educativo entre os finalistas:
 
 
Nolite Timere (Giuseppe Tandoi, Itália). A vida e os ensinamentos do Papa Celestino V, num docufiction que tece a narração da figura de Pietro da Morrone com histórias de três testemunhas do processo de canonização, que teve lugar em 1306 em Perugia, a partir do qual foi reconhecido Santo Celestino V em 1313. 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Dia Internacional de Combate às Drogas

 
Em 1987, a Organização das Nações Unidas (ONU) determinou 26 de junho como o Dia Internacional de Combate às Drogas. A primeira conferência sobre o assunto foi convocada pela ONU em fevereiro de 1990, firmando de 1991 a 2000 como anos internacionais de combate às drogas.

Em 1997 a ONU criou o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês) com o objetivo de prestar cooperação técnica aos países-membros para reduzir os problemas na área de saúde (como o HIV) e social (como a violência) que tenham relação direta ou indireta com drogas ilícitas e o crime. A cada ano, no mês de junho, o UNODC prepara uma campanha internacional de prevenção a drogas, visando contribuir para o desenvolvimento socioeconômico dos países ao promover justiça, segurança, saúde e direitos humanos.

As drogas já se tornaram um mal social em todo mundo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o mundo tem pelo menos 200 milhões de consumidores de drogas, dos quais 40 milhões são dependentes.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Algures entre Abril e Maio


Passaram 40 anos de democracia num ápice vertiginoso. Portugal e o Concelho de Caminha conheceram o seu maior desenvolvimento do século XX. As comemorações da entrada na meia-idade da nossa democracia foram sóbrias, formais e pouco festivas. Sinal dos tempos de crise que vivemos em que os ideais de Abril parecem ter expirado em Maio.

Há quarenta anos atrás, na sequência do 25 de Abril, o país viveu o primeiro de Maio mais efusivo da história lusa. Momento irrepetível de camaradagem, fraternidade e solidariedade na exaltação da nobreza do trabalhador.

O 25 de Abril propôs ao povo português uma mobilização nacional no sentido de combater as maleitas de um país amordaçado por quatro décadas de fascismo. Esta mudança assentou num processo conhecido pelo célebre programa dos 3 D’s: Democratizar, Descolonizar e Desenvolver.

Efetivamente, o país democratizou-se e vivemos hoje num Estado de Direito democrático porque assenta na vontade popular e no respeito do pluralismo. Um Estado democrático porque é de Direito, resolve os seus antagonismos de acordo com o Direito, em respeito pela dignidade da pessoa humana e pelas regras da ponderação, da adequação e da proporcionalidade.

Na verdade, o nosso país cresceu em todos os setores: da economia às finanças, da integração das mulheres na sociedade (emprego, política, empresa), no combate à exclusão social, na proteção ambiental… Mas infelizmente, a diferença entre ricos e pobres continua longe dos nossos parceiros europeus.

A democracia, apesar das suas imperfeições e insuficiências, está definitivamente consolidada no subconsciente coletivo, embora haja sinais de que não tenha sido ainda integralmente assimilada pelas elites políticas e económicas.

Esses sinais estão bem patentes em setores como a justiça (em que o povo assiste incrédulo à inoperância do sistema face aos poderosos e a acutilância para com os pobres); na educação, com a destruição da escola e o desmantelamento da profissão do professor; na saúde, onde o sistema nacional de saúde, uma das grandes conquistas de Abril, está em fase de decapitação; o trabalho, agora desvalorizado e usado como arma de arremesso contra a dignidade da pessoa humana que vê o seu salário desvalorizado e vive na insegurança de um amanhã cada vez mais triste e sem esperança.

A atividade política criou também o seu artifício linguístico, agora já não existe um controlo da comunicação através da censura mas antes através das técnicas do marketing político. Assim, “despedir” é substituído por “reformar”; “baixar salário” passa a dizer-se “ajustamento salarial”; “aumentar impostos” será antes uma “contribuição solidária”…

Um dos perigos da democracia atual é a descrença e desconfiança que o povo manifesta em relação aos políticos que, em democracia foram eleitos para representar a sua vontade mas que claudicam perante o poder do capital, da finança e do interesse pessoal.


Nesta matéria, parece que os cravos que floriram em Abril murcharam em Maio. Por isso, é cada vez mais importante uma sociedade ativa, militante e intransigente na defesa dos ideais de Abril para que, na realidade, a Revolução triunfe.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Dia 20 de Junho - Dia Mundial do Refugiado

 
No dia 20 de Junho assinala-se, mais uma vez, o Dia Mundial do Refugiado, uma oportunidade fundamental para falar e sensibilizar para os Mais de 20 milhões* de refugiados no mundo. 
 
Falar dos Refugiados é falar de quem deixou tudo, país, casa, família, trabalho, para salvaguardar a sua vida ou dos seus; quem teve a coragem e a força para se lançar no desconhecido por uma necessidade urgente de se manter vivo ou manter a sua liberdade. Falar de quem é obrigado a deslocar-se perdendo a proteção do seu próprio estado, que é, muitas vezes, quem o persegue ou ameaça.
 
Não esquecer também os 12 milhões de apátridas* que existem no mundo: homens, mulheres e crianças que sem nacionalidade, vivem num “vazio” legal.
 
Neste dia importa ir mais longe e dar voz aos requerentes de asilo, cerca de 1 milhão*, os deslocados, 25 milhões* de pessoas, todos os que em Portugal e no Mundo vivem em situação que necessita de proteção.
 
A par dos números que crescem, não podemos deixar de chamar a atenção que cada número representa uma vida, uma história, um percurso. Não é uma mensagem nova mas é uma chamada cada vez mais urgente e necessária, de modo a defender e lutar pela tolerância e pela integração.
Se 80%* dos Refugiados vivem em países em desenvolvimento, é necessário uma maior solidariedade internacional que ofereça recolocação em países com maior capacidade de acolhimento e de integração.
 
Segundo a EUROSTAT, em 2011 o número de pedidos de asilo aumentou 20%.
 
Em Portugal, em 2011 o número de pedidos de asilo (GAR/SEF) aumentou 72%, sendo que:
 
Número de pedido de asilo em 2010: 160
 
Número de pedidos de asilo em 2011: 275
 
A tendência para este crescimento tem-se mantido em 2012, segundo dados do GAR/SEF: entre Janeiro e Maio de 2012 cresceu 57% face ao período homólogo em 2011. 
 

segunda-feira, 9 de junho de 2014

9 de Junho: Dia Internacional dos Arquivos


O Dia Internacional dos Arquivos é celebrado a 9 de Junho.
 
O Dia Internacional dos Arquivos foi instituído pela Assembleia Geral do CIA – Conselho Internacional de Arquivos, realizada no Québec, em Novembro de 2007. Foi escolhida esta data, por ter sido precisamente a 9 de Junho de 1948, que a UNESCO criou o CIA – Conselho Internacional de Arquivos.

O objetivo da criação de um Dia Internacional de Arquivos é proporcionar condições para que se desenvolvam ações de promoção e divulgação da causa dos arquivos em todo o mundo.

Este dia é comemorado em Portugal com exposições, mostras, apresentações, e outros, em alguns dos arquivos pertencentes à Rede Portuguesa de Arquivos que compreende os arquivos nacionais e os de âmbito regional.


Cartaz: http://adlra.dglab.gov.pt/wp-content/uploads/sites/13/2014/06/cartaz_dia_2014_3.pdf