
As coisas pelo concelho de Caminha parecem não andar nada bem! O Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal bem se esforça em enviar para os jornais da região artigos que, em vez de evidenciarem as qualidades da sua governação, se preocupam em tentar demonstrar que a sua gestão não tem sido incompetente como a oposição insiste em acusar.
O certo é que a oposição parece ter razão em alguns aspectos essenciais: não existem obras no concelho, a gestão financeira da autarquia é incompetente, a política económica é inexistente, a intervenção ambiental ineficiente, a política social ineficaz, a falta de democracia na gestão autárquica é uma evidência…
A desconfiança de Júlia Paula nos feitos da sua administração é tal que, por várias vezes, tem feito afirmações que nos parecem graves. Quando atacada sobre a qualidade dúbia das obras nas rotundas e outros espaços do município levadas a cabo pelos funcionários, a autarca, defende-se afirmando que elas são “feitas fora das horas de trabalho pelos funcionários da autarquia a título gratuito”.
A ser verdade, esta postura da gestão de Júlia Paula merece-nos alguns reparos:
1) A exploração dos funcionários da autarquia pois as pessoas devem receber o salário justo pelo seu trabalho. Estranhamos até o facto do STAL ainda não ter denunciado estas situações dolosas para os trabalhadores e suas famílias. Pensemos em que posição ficará o funcionário que, “fora das suas horas de trabalho”, se negar a praticar esta modalidade de trabalho não pago;
2) Se qualquer munícipe desejar fazer uma intervenção em terreno privado é logo abordado pela autarquia para verificar se está a infringir a lei. Imaginemos que, um de nós, deseja beneficiar um espaço público (fora das horas de trabalho, com material da autarquia e com a nossa imaginação)? Tenho a certeza que não nos era permitida tal boa vontade;
3) A ligeireza com que a autarquia vê estas intervenções demonstrando estar mais preocupada em agradar a algumas pessoas do que a ter um plano de intervenção preparado e criado por técnicos de História, Antropologia e Etnografia e obviamente engenheiros e arquitectos…
Efectivamente, devemos poupar dinheiro aos cofres da autarquia mas não o podemos fazer às custas dos funcionários municipais a trabalharem horas extraordinárias gratuitamente. Ao fazê-lo, a câmara está a prejudicar não só os seus colaboradores como a contribuir para o desemprego dos técnicos superiores (e jovens) do nosso concelho. Ou então, as palavras de Júlia Paula, não passam de mera demagogia para defender aquilo que desconhece mas que evidenciam a sua vontade de “agradar a gregos e a troianos”.
É bom que todos percebamos que, o respeito pelos direitos fundamentais dos trabalhadores é mais importante que os valores estéticos e o debate sobre a beleza e o enquadramento destas obras. As instituições públicas têm a obrigação de serem as primeiras a cumprir a lei a fim de terem autoridade moral para a impor.
O certo é que a oposição parece ter razão em alguns aspectos essenciais: não existem obras no concelho, a gestão financeira da autarquia é incompetente, a política económica é inexistente, a intervenção ambiental ineficiente, a política social ineficaz, a falta de democracia na gestão autárquica é uma evidência…
A desconfiança de Júlia Paula nos feitos da sua administração é tal que, por várias vezes, tem feito afirmações que nos parecem graves. Quando atacada sobre a qualidade dúbia das obras nas rotundas e outros espaços do município levadas a cabo pelos funcionários, a autarca, defende-se afirmando que elas são “feitas fora das horas de trabalho pelos funcionários da autarquia a título gratuito”.
A ser verdade, esta postura da gestão de Júlia Paula merece-nos alguns reparos:
1) A exploração dos funcionários da autarquia pois as pessoas devem receber o salário justo pelo seu trabalho. Estranhamos até o facto do STAL ainda não ter denunciado estas situações dolosas para os trabalhadores e suas famílias. Pensemos em que posição ficará o funcionário que, “fora das suas horas de trabalho”, se negar a praticar esta modalidade de trabalho não pago;
2) Se qualquer munícipe desejar fazer uma intervenção em terreno privado é logo abordado pela autarquia para verificar se está a infringir a lei. Imaginemos que, um de nós, deseja beneficiar um espaço público (fora das horas de trabalho, com material da autarquia e com a nossa imaginação)? Tenho a certeza que não nos era permitida tal boa vontade;
3) A ligeireza com que a autarquia vê estas intervenções demonstrando estar mais preocupada em agradar a algumas pessoas do que a ter um plano de intervenção preparado e criado por técnicos de História, Antropologia e Etnografia e obviamente engenheiros e arquitectos…
Efectivamente, devemos poupar dinheiro aos cofres da autarquia mas não o podemos fazer às custas dos funcionários municipais a trabalharem horas extraordinárias gratuitamente. Ao fazê-lo, a câmara está a prejudicar não só os seus colaboradores como a contribuir para o desemprego dos técnicos superiores (e jovens) do nosso concelho. Ou então, as palavras de Júlia Paula, não passam de mera demagogia para defender aquilo que desconhece mas que evidenciam a sua vontade de “agradar a gregos e a troianos”.
É bom que todos percebamos que, o respeito pelos direitos fundamentais dos trabalhadores é mais importante que os valores estéticos e o debate sobre a beleza e o enquadramento destas obras. As instituições públicas têm a obrigação de serem as primeiras a cumprir a lei a fim de terem autoridade moral para a impor.
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