
Vivemos hoje num mundo cada vez mais confuso onde: a Ciência se recomeça através do reconhecimento da importância de outros saberes; a vida se prolonga e força os políticos ocidentais a questionarem Robert Malthus e a sua teoria; o status social reassume, em particular na sociedade portuguesa, os contornos e a importância do Estado Novo (as festas das elites que no período do 25 de Abril fugiram ou se perderam no anonimato estão agora de volta).
O povo adora estas elites e promove-as nas revistas do coração que compra, nos canais de televisão entupidos de gente “famosa” e “célebre”. O povo quer voltar a sonhar com príncipes e princesas que os acordarão com um beijo da tristeza rotineira da vida que leva onde tudo é crise.
Os partidos políticos são, também eles, um reflexo de tudo aquilo que acabamos de referir. Neles, subsistem castas que se perpetuam no poder independentemente do regime político do país.
Cada partido disputa a sua “quota de mercado” falando ao coração do eleitor pois este “tem razões que a razão desconhece”, parafraseando Pascal.
E, por falar em quotas, o Partido Socialista acaba de escolher a sua nova equipa para as eleições legislativas. Importante no discurso dos seus dirigentes foi a palavra “paridade” na eleição do seu novo elenco. No entanto, no distrito de Viana do Castelo, esta imposição não passou de simples discurso para português ver que os socialistas querem que as mulheres tenham as mesmas responsabilidades políticas dos homens embora, depois de revelados os resultados, se verificar que isto não é verdade. Pensarão estes dirigentes o mesmo que a elite dirigente do livro de George Orwell que “todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais que outros”?
A questão é que quando os problemas são reais não podem ser resolvidos com soluções virtuais. Ou seja, não será pelo facto de os estatutos de um partido garantirem às mulheres um lugar igual ao dos homens que estas estejam interessadas em ocupá-lo pois têm muito mais em que pensar e se ocupar (o progresso tarda para as mulheres no que toca à divisão das tarefas familiares, à igualdade de oportunidades, à paridade com os homens nos salários, o direito ao emprego com maternidade, por exemplo).
Seguindo a lógica de que metade da população é feminina e a outra metade masculina, o sistema político português parece querer criar uma nova doutrina que não será, com certeza, a Democracia mas sim a “Quotacracia”. Este novo regime assentará a sua base na lógica quotacrática: serão distribuídas quotas por sexo, idade, estado civil, profissão, etnia, orientação sexual etc... e o país passará a ter no seu Parlamento uma representação dos diversos grupos sociais que compõem a sociedade portuguesa.
Não sendo um “quotacrático”, defendo para as mulheres a verdadeira igualdade de participação na vida cívica e, essa igualdade, não é feita no papel para ser “politicamente correcto” mas deverá fazer-se com verdade nas escolas através do reforço da educação cívica, no emprego e no respeito pela maternidade das mulheres, no salário, na direcção de empresas, associações e demais organizações...
Concluindo, a lei deve fazer-se quando se sabe que há receptividade da sociedade à sua aplicação, quando assim não é, a norma que regula a vida social cai por terra e retira autoridade aos seus criadores. O povo não dorme e, por isso, diz com razão “que bem prega frei Tomás, olha para o ele que diz e não para o que ele faz”.
O povo adora estas elites e promove-as nas revistas do coração que compra, nos canais de televisão entupidos de gente “famosa” e “célebre”. O povo quer voltar a sonhar com príncipes e princesas que os acordarão com um beijo da tristeza rotineira da vida que leva onde tudo é crise.
Os partidos políticos são, também eles, um reflexo de tudo aquilo que acabamos de referir. Neles, subsistem castas que se perpetuam no poder independentemente do regime político do país.
Cada partido disputa a sua “quota de mercado” falando ao coração do eleitor pois este “tem razões que a razão desconhece”, parafraseando Pascal.
E, por falar em quotas, o Partido Socialista acaba de escolher a sua nova equipa para as eleições legislativas. Importante no discurso dos seus dirigentes foi a palavra “paridade” na eleição do seu novo elenco. No entanto, no distrito de Viana do Castelo, esta imposição não passou de simples discurso para português ver que os socialistas querem que as mulheres tenham as mesmas responsabilidades políticas dos homens embora, depois de revelados os resultados, se verificar que isto não é verdade. Pensarão estes dirigentes o mesmo que a elite dirigente do livro de George Orwell que “todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais que outros”?
A questão é que quando os problemas são reais não podem ser resolvidos com soluções virtuais. Ou seja, não será pelo facto de os estatutos de um partido garantirem às mulheres um lugar igual ao dos homens que estas estejam interessadas em ocupá-lo pois têm muito mais em que pensar e se ocupar (o progresso tarda para as mulheres no que toca à divisão das tarefas familiares, à igualdade de oportunidades, à paridade com os homens nos salários, o direito ao emprego com maternidade, por exemplo).
Seguindo a lógica de que metade da população é feminina e a outra metade masculina, o sistema político português parece querer criar uma nova doutrina que não será, com certeza, a Democracia mas sim a “Quotacracia”. Este novo regime assentará a sua base na lógica quotacrática: serão distribuídas quotas por sexo, idade, estado civil, profissão, etnia, orientação sexual etc... e o país passará a ter no seu Parlamento uma representação dos diversos grupos sociais que compõem a sociedade portuguesa.
Não sendo um “quotacrático”, defendo para as mulheres a verdadeira igualdade de participação na vida cívica e, essa igualdade, não é feita no papel para ser “politicamente correcto” mas deverá fazer-se com verdade nas escolas através do reforço da educação cívica, no emprego e no respeito pela maternidade das mulheres, no salário, na direcção de empresas, associações e demais organizações...
Concluindo, a lei deve fazer-se quando se sabe que há receptividade da sociedade à sua aplicação, quando assim não é, a norma que regula a vida social cai por terra e retira autoridade aos seus criadores. O povo não dorme e, por isso, diz com razão “que bem prega frei Tomás, olha para o ele que diz e não para o que ele faz”.
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