O nosso concelho tem, ao longo dos últimos anos, vindo a acolher centenas de jovens provenientes do arquipélago de Cabo Verde. Deslocados do seu país natal procuraram as nossas escolas a fim de lhes ser proporcionada uma educação diferente e uma perspectiva mais universal das sociedades modernas. Porém, muitas vezes, as comunidades de acolhimento reagem de forma menos humanista à integração destes novos actores no seu sistema social. O presente artigo pretende contribuir para uma reflexão mais profunda da nossa comunidade, muito marcada pela emigração, sobre as exigências se uma sociedade mais global que exige uma vivência cada vez mais intercultural.
Ao longo da História, o Homem, procurou sempre encurtar as distâncias que o separavam. Inicialmente, foi a procura da segurança junto de seres da mesma espécie, depois a procura dos melhores locais para se instalar (terras férteis, seguras e com água) e, por último, as trocas comerciais.
Desde muito cedo, se verifica que os recursos são escassos e que as necessidades humanas tendem a superar os ciclos naturais de produção/reprodução. Daí a demanda de novos territórios, mundos e experiências.
A sociedade actual, fundada mais nos primados da economia de mercado impõe severamente o poder do dinheiro e do lucro. Agora não estamos perante uma tribo que guerreia com outra pelo acesso à terra… o dinheiro compra essa terra! Tudo é negócio e tudo é negociável. O dinheiro é um factor de divisão (entre ricos e pobres) e de discriminação (acesso a uma vida com mais qualidade, mais saúde, mais justiça, mais cultura…).
Por outro lado, existem países que não se libertaram das amarras do despotismo, do fundamentalismo religioso, da opressão das mulheres, da falta de liberdade de expressão, ou seja, onde não existe o respeito pelos Direitos Humanos. As suas populações vivem oprimidas, perseguidas e completamente manietadas pelos detentores do poder que as impedem de viver com dignidade.
Existem também países que, vivendo em paz e com uma economia razoavelmente boa, não oferecem aos seus nacionais aquilo que os realiza: pode não haver emprego na área específica da sua formação no país de origem; as empresas mais competitivas e tecnologicamente mais desafiadoras estarem noutras paragens; outras pessoas, podem simplesmente querer mudar completamente a sua vida e reiniciá-la noutro ponto do globo.
A globalização tornou ainda o mundo mais pequeno: a sociedade abriu-se vinte e quatro horas por dia; as distâncias deixaram de ter quilómetros e passaram a ser medidas em tempos (cada vez mais curtos); a televisão e a internet tornaram-se uma autêntica montra de luxo onde se podem encontrar os artigos que melhor servem os interesses de cada um. O mundo da imagem, do sonho, da felicidade instantânea, da realização fácil mesmo ao pé da porta desperta, mais uma vez, os genes “nómadas” do ser humano que, como sempre o fez ao longo da sua história e independentemente da cor, parte à procura do seu éden.
Ser europeu deixou, há muito de ser uma marca de atributos físicos e passou a ser uma questão de nacionalidade. Ser nacional significa o acesso ao sonho de origem do imigrante que partiu corajosamente em sua perseguição.
Ao longo da História, o Homem, procurou sempre encurtar as distâncias que o separavam. Inicialmente, foi a procura da segurança junto de seres da mesma espécie, depois a procura dos melhores locais para se instalar (terras férteis, seguras e com água) e, por último, as trocas comerciais.
Desde muito cedo, se verifica que os recursos são escassos e que as necessidades humanas tendem a superar os ciclos naturais de produção/reprodução. Daí a demanda de novos territórios, mundos e experiências.
A sociedade actual, fundada mais nos primados da economia de mercado impõe severamente o poder do dinheiro e do lucro. Agora não estamos perante uma tribo que guerreia com outra pelo acesso à terra… o dinheiro compra essa terra! Tudo é negócio e tudo é negociável. O dinheiro é um factor de divisão (entre ricos e pobres) e de discriminação (acesso a uma vida com mais qualidade, mais saúde, mais justiça, mais cultura…).
Por outro lado, existem países que não se libertaram das amarras do despotismo, do fundamentalismo religioso, da opressão das mulheres, da falta de liberdade de expressão, ou seja, onde não existe o respeito pelos Direitos Humanos. As suas populações vivem oprimidas, perseguidas e completamente manietadas pelos detentores do poder que as impedem de viver com dignidade.
Existem também países que, vivendo em paz e com uma economia razoavelmente boa, não oferecem aos seus nacionais aquilo que os realiza: pode não haver emprego na área específica da sua formação no país de origem; as empresas mais competitivas e tecnologicamente mais desafiadoras estarem noutras paragens; outras pessoas, podem simplesmente querer mudar completamente a sua vida e reiniciá-la noutro ponto do globo.
A globalização tornou ainda o mundo mais pequeno: a sociedade abriu-se vinte e quatro horas por dia; as distâncias deixaram de ter quilómetros e passaram a ser medidas em tempos (cada vez mais curtos); a televisão e a internet tornaram-se uma autêntica montra de luxo onde se podem encontrar os artigos que melhor servem os interesses de cada um. O mundo da imagem, do sonho, da felicidade instantânea, da realização fácil mesmo ao pé da porta desperta, mais uma vez, os genes “nómadas” do ser humano que, como sempre o fez ao longo da sua história e independentemente da cor, parte à procura do seu éden.
Ser europeu deixou, há muito de ser uma marca de atributos físicos e passou a ser uma questão de nacionalidade. Ser nacional significa o acesso ao sonho de origem do imigrante que partiu corajosamente em sua perseguição.