Nos tempos que correm parece que se tornou moda, na política portuguesa, a trapalhada. Parece que os trinta anos deste tipo de política a que Alberto João Jardim votou a Madeira estão a conquistar os amantes do poder do continente. Desde os responsáveis políticos nacionais até aos autarcas tudo parece rendido à estratégia da confusão, do excesso linguístico e da festa.
Todos nós já notámos que João Jardim aparece na televisão a fazer duas coisas imprescindíveis no Portugal moderno: a fazer uma festa (jantar, inauguração, comício…) e a lançar impropérios aos políticos do continente que são um mau exemplo de democracia. Isto vindo de um homem que irá ultrapassar Salazar na manutenção do poder! Os madeirenses passaram do salazarismo ao jardinismo sem nunca terem respirado a democracia. A falta de coragem dos políticos nacionais aliada ao estilo desbragado de João Jardim e o tempo de antena que as televisões lhe dedicam têm sido os grandes pilares do seu poder.
É também claro que, na Madeira, não há queixas de pressões políticas sobre a justiça ou outra qualquer estrutura da administração nacional. Aliás, o mal que existe neste arquipélago, ou vem do continente ou então traz a marca dos imigrantes.
Jardim aprendeu rapidamente os segredos do poder: manter as elites satisfeitas, controlar a comunicação social e manter o povo entretido com os seus comícios/festas e os seus agravos que a massa popular tanto aprecia.
O grande problema é que infelizmente o continente se rendeu a estas práticas, pouco democráticas e esclarecidas, de fazer política. Ao que parece está na moda os políticos usarem o vernáculo até nas instituições democráticas como demonstrou o deputado José Eduardo Martins (PSD) em plena sessão na Assembleia da República ao destratar um deputado socialista. Todos pudemos assistir a um enorme momento de democracia. Que ensinar nas escolas aos nossos filhos quando os políticos são a negação daquilo que apregoam?
E os autarcas que descobriram a lentidão da justiça e, a seu bel prazer, se vão mantendo no poder usufruindo salários chorudos, vidas de estrelas do jet set e fazendo que querem da vida dos munícipes? Os autarcas sabem que não são vigiados e que mesmo que sejam apanhados numa ilegalidade nada lhes vai acontecer. Desde Fátima Felgueiras a Isaltino Morais ou de Avelino Ferreira Torres a Valentim Loureiro, tudo não passa de mero espectáculo mediático para alimentar a novela televisiva que dá emprego e projecção social a uma série de comentadores (uns ex-políticos e outros a ganharem imagem para o serem).
Só a Câmara Municipal de Caminha tem um score inédito de requerimentos por responder às suas oposições. Alguns datam de 2002! Outra forma de actuação, fazendo fé, no comunicado da COREMA é ter o seu assessor, na calada, a acusar pessoas ou instituições de serem responsáveis por actos que efectivamente não são.
Em Vila Praia de Âncora, por exemplo, circula uma explicação caricata para justificar a presença das auto-caravanas a atentar contra o ambiente e algumas delas até contra a lei. A justificação que temos ouvido da vox populi é que “a câmara não pode fazer nada”! Claro que pode, dizemos nós, pode proibir o estacionamento de caravanas naqueles locais, pode chamar a polícia marítima e alertá-la para o problema do incumprimento da lei. Também pode colaborar com os amantes do autocaravanismo construindo um parque de apoio a esta prática com todas as condições de salubridade e de respeito ambiental. Estamos em época de eleições e, por isso, mais vale colocar um parque infantil na zona da nortada para que alguma das auto-caravanas ainda atropele uma criança. O que interessa, mais uma vez, é que haja qualquer coisa que se possa inaugurar sem que importe quanto custa, o que é ou para que serve… isso é secundário.
Todos nós já notámos que João Jardim aparece na televisão a fazer duas coisas imprescindíveis no Portugal moderno: a fazer uma festa (jantar, inauguração, comício…) e a lançar impropérios aos políticos do continente que são um mau exemplo de democracia. Isto vindo de um homem que irá ultrapassar Salazar na manutenção do poder! Os madeirenses passaram do salazarismo ao jardinismo sem nunca terem respirado a democracia. A falta de coragem dos políticos nacionais aliada ao estilo desbragado de João Jardim e o tempo de antena que as televisões lhe dedicam têm sido os grandes pilares do seu poder.
É também claro que, na Madeira, não há queixas de pressões políticas sobre a justiça ou outra qualquer estrutura da administração nacional. Aliás, o mal que existe neste arquipélago, ou vem do continente ou então traz a marca dos imigrantes.
Jardim aprendeu rapidamente os segredos do poder: manter as elites satisfeitas, controlar a comunicação social e manter o povo entretido com os seus comícios/festas e os seus agravos que a massa popular tanto aprecia.
O grande problema é que infelizmente o continente se rendeu a estas práticas, pouco democráticas e esclarecidas, de fazer política. Ao que parece está na moda os políticos usarem o vernáculo até nas instituições democráticas como demonstrou o deputado José Eduardo Martins (PSD) em plena sessão na Assembleia da República ao destratar um deputado socialista. Todos pudemos assistir a um enorme momento de democracia. Que ensinar nas escolas aos nossos filhos quando os políticos são a negação daquilo que apregoam?
E os autarcas que descobriram a lentidão da justiça e, a seu bel prazer, se vão mantendo no poder usufruindo salários chorudos, vidas de estrelas do jet set e fazendo que querem da vida dos munícipes? Os autarcas sabem que não são vigiados e que mesmo que sejam apanhados numa ilegalidade nada lhes vai acontecer. Desde Fátima Felgueiras a Isaltino Morais ou de Avelino Ferreira Torres a Valentim Loureiro, tudo não passa de mero espectáculo mediático para alimentar a novela televisiva que dá emprego e projecção social a uma série de comentadores (uns ex-políticos e outros a ganharem imagem para o serem).
Só a Câmara Municipal de Caminha tem um score inédito de requerimentos por responder às suas oposições. Alguns datam de 2002! Outra forma de actuação, fazendo fé, no comunicado da COREMA é ter o seu assessor, na calada, a acusar pessoas ou instituições de serem responsáveis por actos que efectivamente não são.
Em Vila Praia de Âncora, por exemplo, circula uma explicação caricata para justificar a presença das auto-caravanas a atentar contra o ambiente e algumas delas até contra a lei. A justificação que temos ouvido da vox populi é que “a câmara não pode fazer nada”! Claro que pode, dizemos nós, pode proibir o estacionamento de caravanas naqueles locais, pode chamar a polícia marítima e alertá-la para o problema do incumprimento da lei. Também pode colaborar com os amantes do autocaravanismo construindo um parque de apoio a esta prática com todas as condições de salubridade e de respeito ambiental. Estamos em época de eleições e, por isso, mais vale colocar um parque infantil na zona da nortada para que alguma das auto-caravanas ainda atropele uma criança. O que interessa, mais uma vez, é que haja qualquer coisa que se possa inaugurar sem que importe quanto custa, o que é ou para que serve… isso é secundário.
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